Alterações do equilíbrio corporal no envelhecimento
As alterações do equilíbrio corporal, clinicamente caracterizadas como tontura, vertigem, desequilíbrio e queda, estão entre as queixas mais comuns da população idosa e constituem um problema medico de grande relevância.
Estima-se que a prevalência de queixas de equilíbrio na população acima dos 65 anos chegue a 85% estando associada a varias etimologias, e podendo se manifestar como desequilíbrio, desvio de marcha, instabilidade, náuseas e quedas frequentes. Essas alterações do controle postural estão associadas, na população idosa, a maior risco de queda e suas consequentes sequelas, que apresentam elevada morbidade.
As dificuldades com o controle da postura ortostática e com as consequentes quedas constituem um importante problema que se agrava durante o envelhecimento. Apesar da aparente simplicidade da tarefa, o controle da postura é um grande desafio para o corpo humano, ele deve ser capaz de regular o equilíbrio em situações instáveis (equilíbrio estático) e ao mesmo tempo ser suficientemente versátil para permitir a rápida iniciação do movimento, sem perder a estabilidade (equilíbrio dinâmico).
De acordo com o Relatório Global da Organização Mundial da Saúde sobre Prevenção de Quedas na Velhice, há um considerável corpo de evidências que indica a eficácia de diversas intervenções na prevenção das quedas. Tais evidências incluem entre outros:
Treino de equilíbrio e de marcha com o uso apropriado de artefatos de apoio;
Avaliação dos riscos ambientais e sua modificação;
Revisão dos medicamentos e modificação do que seja necessário alterar;
Tratamentos dos problemas de visão;
Oferta de educação e treinamento;
Tratamento de problemas dos pés e de calçados;
tratamento da hipotensão ortostática e de outros problemas cardiovasculares.
Visto que o ato de envelhecer representa um triunfo do desenvolvimento social e da saúde pública, todos os esforços visando sua melhoria serão bem-vindos para colaborar com o melhor cuidado e atenção às pessoas idosas.